O Velho Oeste dos preços dos jogos já começou

Preços dos jogos devem variar ainda mais, e GTA 6 pode redefinir o mercado em 2026.

PRA RESUMIR
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Embora nem todos os jogos atinjam preços elevados como os US$ 80 cobrados por Mario Kart World, o analista da Circana, Mat Piscatella, prevê que o aumento nos valores cobrados por jogos é apenas uma questão de tempo. Em entrevista ao GamesRadar, ele classificou 2025 como um verdadeiro “Velho Oeste” da precificação, apontando que os principais lançamentos do ano variaram bastante em custo. Segundo ele, no fim das contas, tudo se resume ao público-alvo que cada editora deseja alcançar — e se ela prefere cobrar mais e vender menos, ou o oposto.
“Estamos vivendo um momento de estratégias de preço extremamente variadas, algo que nunca vimos antes”, explica Piscatella. “Há jogos tentando atingir o topo do mercado com preços mais altos, enquanto outros saem com valores mais baixos, e tudo — desde o tamanho do jogo até sua estrutura — impacta nessa decisão. Os estúdios estão tentando encontrar o chamado ponto ideal.”
Segundo ele, há dois caminhos claros: cobrar mais por um jogo que atraia um público engajado e disposto a pagar, ou reduzir o preço de entrada para atingir uma base de usuários maior. E isso não se aplica só aos grandes jogos — até os títulos AAA precisam competir com opções gratuitas como Fortnite e Roblox, que seguem dominando o tempo e atenção dos jogadores.
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“Hoje, o maior rival de qualquer lançamento não é mais outro jogo novo”, diz Piscatella. “É Fortnite e Roblox, que seguem retendo milhões de jogadores semanalmente. A pergunta que os estúdios precisam se fazer é: como tirar o jogador desses mundos gratuitos e convencê-lo a pagar por um novo jogo?”
Para ele, a ideia de um preço fixo de lançamento, como os antigos US$ 60, US$ 70 ou mesmo US$ 80, já não se sustenta. Hoje, tudo depende de fatores como monetização pós-lançamento, plataforma e até época do ano. “Cada jogo será diferente. Acabou aquela época em que o preço era o mesmo para todos. Agora, cada estúdio precisa decidir sua própria estratégia”, afirma.
Há jogos que conseguem cobrar caro, como Mario Kart World, sem sofrer impacto nas vendas. Isso se dá por conta da baixa sensibilidade ao preço de franquias consagradas. Os jogadores simplesmente querem jogar, independentemente do valor.
“É quase como carimbar o valor: a base de fãs vai pagar o que for”, diz Piscatella. “E mesmo que isso gere polêmica, os jogos continuam vendendo, então essas decisões devem continuar. O mercado permite isso. Você sempre pode baixar o preço depois — mas aumentar, não. Por isso, muitos optam por começar com preços altos.”
E tudo isso pode ganhar uma nova dimensão com a chegada de Grand Theft Auto 6, em 26 de maio de 2026. Com o mundo inteiro observando o que a Rockstar e a Take-Two vão fazer, as decisões em torno do preço de GTA 6 podem impactar profundamente o futuro da indústria.
“Serão bilhões de olhos atentos a cada movimento da Rockstar. Seja qual for a decisão de preço, ela vai afetar o mercado inteiro”, conclui Piscatella.
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Marcos Paulo I. Oliveira
MPIlhaOliveira
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