Processo de Dino Patti avança e expõe disputa na criação de Limbo

Processo de Dino Patti reacende polêmica sobre sua contribuição na criação de Limbo.

PRA RESUMIR
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Dino Patti, que fundou a Playdead em 2006 ao lado de Arnt Jensen, confirmou que enfrentará um processo judicial movido pelo estúdio, após já ter sido ameaçado com medidas legais no início deste ano. A disputa gira em torno de uma publicação feita no LinkedIn em 2004, na qual Patti compartilhou uma descrição detalhada dos bastidores da criação de Limbo, além de uma imagem sem autorização, atribuída a Jensen. Em resposta, o diretor do jogo exigiu uma compensação de 500.000 coroas dinamarquesas (aproximadamente 77 mil dólares).
Agora, em entrevista ao site dinamarquês Arkaden, Patti afirma que os advogados da Playdead decidiram dar sequência ao processo, com o julgamento já marcado para acontecer. Para ele, o caso não é apenas sobre direitos autorais, mas sim o desfecho de uma deterioração pessoal e profissional com Jensen, seu antigo parceiro de estúdio.
Após o lançamento dos aclamados Limbo (2010) e Inside (2016), a relação entre os dois teria começado a se desgastar antes mesmo da estreia de Inside. Patti acabou saindo da Playdead em 2017 e fundou o estúdio Jumpship, que lançou seu primeiro título, Somerville, em 2022.
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Segundo Patti, o processo representa uma tentativa deliberada de apagar seu legado dentro da Playdead. Ele cita como evidência o fato de seu nome aparecer com destaque nos créditos originais de Limbo, como produtor executivo, mas ser relegado a páginas secundárias nas versões posteriores do jogo – como no port para o Nintendo Switch, em que aparece apenas na terceira página.
Em uma carta formal enviada pelos advogados da Playdead, Patti foi acusado de violar cláusulas de confidencialidade, e de tentar aumentar sua importância no processo criativo do jogo. “Você está dando a impressão falsa de que teve um papel criativo significativo”, dizia o documento.
Patti, no entanto, vê o processo como uma oportunidade para expor os fatos, afirmando que poderá, durante o julgamento, tornar públicos documentos, imagens e materiais que sustentem sua versão. “O mais interessante é que jornalistas como você [Arkaden] poderão ter acesso a tudo. Não vou esconder nada – legalmente, serei obrigado a liberar tudo que tiver para mostrar o que realmente aconteceu.”
Com isso, o embate promete não apenas reacender a discussão sobre os bastidores de Limbo, mas também levantar questionamentos sobre autoria, créditos e reconhecimento na indústria de games — especialmente em casos de colaborações rompidas.
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Marcos Paulo I. Oliveira
MPIlhaOliveira
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