Sony x Tencent: a batalha judicial por “Light of Motiram” esquenta nos tribunais

De acusação de plágio a disputa sobre monopólio de ideias: o embate entre Horizon e o novo jogo da Tencent pode redefinir os limites da criatividade nos games.

PRA RESUMIR
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O conflito entre Sony e Tencent ganhou novos capítulos e se tornou um dos processos mais polêmicos da indústria recente. Em julho, a Sony acusou a gigante chinesa de ter criado em Light of Motiram um “clone servil” da série Horizon, citando como provas a protagonista ruiva, as feras robóticas e os cenários pós-apocalípticos que lembram diretamente Zero Dawn e Forbidden West.
A Tencent, no entanto, reagiu com força. Em uma moção de demissão apresentada na Califórnia, a empresa chamou o processo de “exagero”, alegando que a Sony tenta monopolizar convenções de narrativa que sempre existiram em dezenas de outros jogos. Para a companhia, elementos como heróis ruivos, civilizações em ruínas e monstros mecânicos são tropos consagrados do gênero, não propriedade de uma única desenvolvedora.
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A defesa da Tencent foi além, lembrando que até mesmo Jan-Bart Van Beek, diretor de arte de Horizon Zero Dawn, admitiu em documentário que a ideia do jogo tinha fortes semelhanças com Enslaved: Odyssey to the West (2013). Na época, Van Beek chegou a dizer que o projeto tocava “demais” em pontos já usados por outros estúdios.
Outro ponto forte da Tencent é o tempo: Light of Motiram só está previsto para o final de 2027, o que, segundo a empresa, torna as acusações da Sony baseadas em hipóteses de algo que nem aconteceu ainda. Além disso, a Tencent acusa a rival de processar entidades erradas, já que a holding em si não desenvolve jogos, e sim estúdios afiliados como Polaris Quest e Aurora Studios.
Recentemente, inclusive, a Tencent alterou discretamente a página de Light of Motiram no Steam, substituindo a heroína ruiva por criaturas genéricas e mudando a descrição do jogo para destacar sobrevivência em vez do estilo Horizon. Ainda assim, a disputa continua e promete marcar jurisprudência sobre até onde vai a linha entre inspiração e cópia nos videogames.
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Marcos Paulo I. Oliveira
MPIlhaOliveira
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