Wolverine: Logan — Entre cicatrizes e fantasmas de guerra

Um mergulho profundo no lado mais humano e melancólico do mutante mais feroz da Marvel.
Roteiro: Brian K. Vaughan
Arte: Eduardo Risso
Editora: Marvel / Panini (Brasil)
Gênero: Ação, Drama, Guerra
Em Wolverine: Logan, Brian K. Vaughan e Eduardo Risso entregam uma narrativa que mistura drama histórico e misticismo, explorando um lado mais introspectivo do carcaju. Longe das grandes batalhas contra mutantes e vilões conhecidos, aqui vemos um Logan mais humano, assombrado pelo passado e marcado por uma perda que moldou parte de sua identidade.
Sinopse
A história começa nos dias atuais, com a visão de um templo e a narração de Logan relembrando seu passado. Logo, somos transportados para 5 de agosto de 1945, madrugada, em uma base militar nas ilhas centrais japonesas. Logan e o Tenente Warren são prisioneiros de guerra. Entre provocações, troca de senhas e cutucadas sobre Pearl Harbor, os dois revelam como foram parar em uma instalação científica japonesa.
Os guardas os chamam de “kaijus” — apelido que ganha sentido rapidamente quando a dupla consegue escapar. É durante essa fuga que conhecem Atsuko, uma figura misteriosa que desperta tensões. Enquanto Warren exibe seu desequilíbrio e preconceitos em meio ao caos da guerra, Logan escolhe se opor ao companheiro americano, seguindo um caminho diferente.
A narrativa alterna entre o passado, em plena Segunda Guerra Mundial, e o presente, com Logan enfrentando uma entidade sobrenatural ligada àqueles eventos. A batalha no templo é mais do que física: é um acerto de contas com um inimigo que provou ser mais forte do que ele e que, naquele 6 de agosto de 1945, o marcou para sempre com a primeira grande perda de sua vida.
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Análise
O que funciona bem:
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O contraste entre o jovem Logan e o homem que ele se tornou.
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A mistura de guerra, drama e misticismo, fugindo do comum das HQs de super-herói.
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Arte de Eduardo Risso, com uso pesado de sombras e enquadramentos cinematográficos.
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Tom melancólico que combina perfeitamente com o tema de perda e memória.
O que pode não agradar a todos:
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Ritmo mais lento e contemplativo, que pode frustrar quem espera ação constante.
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Foco limitado a poucos personagens, deixando de lado o universo Marvel mais amplo.
Conclusão
Wolverine: Logan não é uma história sobre garras, mas sobre cicatrizes. Vaughan entrega uma narrativa intimista que mostra como certos fantasmas do passado nunca desaparecem, e Risso transforma cada página em um quadro de cinema. É um daqueles quadrinhos que não precisa de batalhas épicas para ser marcante — basta um homem, seu passado e uma guerra que ele nunca venceu de verdade.
CLASSIFICAÇÃO
⭐⭐⭐⭐
Um Logan vulnerável, mas ainda feroz — e talvez mais humano do que nunca.
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Emanoel Silva
Fantasma
Sou apaixonado por jogos com foco em exploração, e entusiasta do horror cósmico e fã declarado de universos como Warhammer — mas é o futuro sombrio e estilizado do cyberpunk que realmente me ganha.
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