Elder Scrolls IV: Oblivion Remastered esta entre o encanto do mundo e o caos dos bugs

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Elder Scrolls IV: Oblivion Remastered é aventura familiar, clássica onde seu maior triunfo é ser tão envolvente que os problemas de performance e bugs não me impediram de passar mais de 100 horas nele.

Como gamer, sou fã de muitas obras, franquias e produtores. Esses gênios são responsáveis por trabalhos audiovisuais marcantes em nossas vidas, tão marcantes que uma hora, algum jogo querido vai ter uma repaginada e um amigo que o jogou há quase 19 anos atrás dirá: JOGUE IMEDIATAMENTE.

E foi assim que após minhas frustrações com um RPG que simulava essas obras, caí no mundo de Elder Scrolls da turma de malucos da Bethesda e seu mestre pensante Todd Howard. Em parceria com a Virtuos, questionei o nome remastered pela beleza gráfica e mundo belíssimo, mas no momento que comecei a interagir com NPC’s e DESBRAVAR SEU MUNDO foi aí que entendi o que me esperava e o porquê dele não ser considerado um remake.

Gráficos

É impossível não achar Oblivion bonito. O motor gráfico Unreal Engine 5 turbina de maneira belíssima o visual do mundo. Armaduras e armas belíssimas, cavernas estonteantes e até castelos medievais com detalhes e texturas até em partes menores como uma mera porta dão uma sensação de que o cuidado aqui foi grande.

Menção honrosa para a armadura de Égide e do Dragão, minhas favoritas numa coleção que salta os olhos. Creio que o único pormenor nesse departamento é o rosto de alguns NPC’s. Logicamente que os principais e alguns secundários têm um cuidado maior, mas vez ou outra você esbarra em figuras como elfos negros e até humanos que mais parecem ter saído de uma animação de terror de tão feios.

No contexto geral, a evolução é bem-vinda e o jogo entrega.

História

Um ataque de assassinos letais ao império de Tamriel está acontecendo. Você se vê preso numa cela, sem escapatória. Em meio a essa realidade, guardas com armaduras distintas se aproximam com uma figura imponente: O imperador de Tamriel, Uriel Septim VII. Sua cela aparentemente tem um caminho secreto para ajudar o imperador a escapar de situações de cerco e perigo. E é aí que ele para, cita ter visto você nos sonhos dele e que você faz parte de algo muito maior.

Falar algo mais que isso vai estragar a sua jornada. A história principal é boa e vai trazer boas doses de adrenalina. Mas a cereja do bolo como todo Bethesda–like se assim posso dizer é a construção de mundo e as missões secundárias, principalmente as de Guildas. Seja lutando, fazendo magia ou sendo desprezível, todas elas são obrigatórias.

Outro fator divertido é chegar em cidades novas e começar a desbravar os rumores, lidar com o povo e suas intrigas... é incrível como o mundo de Oblivion é convidativo e te fará ficar mais focado em explorá-lo do que resolver o problema real que o assola.

Som, Música e Efeitos Sonoros

Cumpre seu papel. Nenhuma trilha em questão, a não ser a do menu inicial absurdamente LINDO e da cutscene inicial, mexeu comigo. Contudo, é impossível não dizer que, por mais ambiente que elas sejam, nossa jornada fica mais épica simplesmente por estarem ali.

Isso é imersão. Os efeitos sonoros de armas, armaduras e inimigos são bons e esse departamento, apesar de jogo seguro, entrega qualidade também.

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Jogabilidade

Não se deixe enganar pelo menu mais simples de criação. Escolher signo de nascimento no início é vital e influencia completamente na sua classe. Há alguns como o guerreiro, que dispensam comentários, e outros mais enigmáticos que priorizam guerreiros leves ou magos.

O sistema de níveis muito criticado na versão original teve uma leve repaginada. Jogadores criticavam porque subir de nível não significava um personagem muito superior, já que seus inimigos também evoluem com a mesma perícia.

Agora você pode investir até 12 pontos de vantagem em diversos segmentos, sendo que o máximo para cada um é 5 pontos por nível: Vida, vigor, magia são os básicos, mas você também pode investir em carisma e sorte (esse último pede 4 pontos por vez).

Esse sistema, aliado às habilidades subjetivas extras, é extremamente viciante porque tudo que você faz e treina contribui para seu fortalecimento.

A parte bacana é que você pode buscar treinamentos com NPC’s também caso tenha grana e acelerar esse processo. Oblivion pede variedade e que se leia o combate, habilidades principais e PASSIVAS para tornar sua jornada mais tranquila e aqui, felizmente, posso dizer que funciona melhor que o ORIGINAL.

Terminei a campanha no nível 35 e graças a equipamentos certos e leitura de jogo eu não morri nenhuma vez no trecho final.

O único PORMENOR da jogabilidade é o impacto das armas e magias. É onde a idade do jogo se mostra. Porém, o problema é ínfimo. Viagens rápidas são liberadas, as cidades já estão abertas em pontos de interesse e são extremamente convidativas já no início da campanha.

Criar sua classe mista no menu inicial é o mais recomendado do que escolher as pré-definidas. Me agradeçam depois e o Fauno do História e Games também.

Parte Técnica

Nas redes e fóruns da internet li algo sobre a “Experiência Bethesda” em seus jogos de RPG. Bugs não são incomuns e pelo contrário, são chamativos e fazem com que a comunidade Modder se junte e crie soluções.

Pois bem, não pra mim. Romantizar algo ruim porque é da cultura da empresa é algo que não faço nem farei.

Elder Scrolls 4 Oblivion é um dos jogos mais bugados e mal otimizados que já joguei. Coisa de top 3. E falo isso com propriedade.

NPC’s que não te seguem, NPC’s com inteligência nula, inimigos abobados, armas que somem do inventário, interações que não funcionam, travadas violentas, e o mais irritante: Crashes.

ERRADO quem diz que isso é da versão específica. Todas as versões sofrem problemas graves. Tive 20 crashes em 102 horas, um deles corrompeu um autosave que, por sorte, tinha um manual salvo dois minutos antes.

A versão de patch do jogo está na 1.02, mas joguei toda a experiência na 1.01, e ainda assim há falhas graves.

Parem de passar pano pra isso. Parem de glamourizar. Parem de aceitar. Meu compromisso é ser verdadeiro e aqui a Bethesda junto da Virtuos erraram de novo.

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Considerações Finais

The Elder Scrolls 4: Oblivion continua sublime. CORREÇÕES pontuais na jogabilidade e sistema de níveis vão fazer você curtir a aventura sem se preocupar muito com as partes finais do jogo.

Junto do pacote vem a DLC Shivering Isles, do qual pretendo falar em separado pois ainda não joguei, mas resumo em dizer que pra muitos é considerada a melhor DLC já feita na história.

A história é bacana, as missões paralelas são insanamente boas e divertidas, mas a parte técnica estraga aqui o que poderia ser um grande competidor para uma das categorias de melhores do ano.

No final, a recomendação vem com ressalvas: Pegue numa promoção marota, jogue pelo glorioso GAMEPASS ou simplesmente, espere mais correções.

Nota
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Bruno Castelar
PSN: Sr-SuaMae
Fã de videogames. Joga no Playstation mas cresceu jogando em todas as plataformas possíveis. Indies são tão bons quanto AAA, Resident Evil 4 Remake é meu GOTY pessoal de 2023. Jogo de tudo um pouco a exceção RPG's de turno.
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