Velho Logan e o futuro sombrio e brutal do Wolverine

Uma jornada apocalíptica que revela o lado mais humano e devastado do herói.
Pra mim, que sou leitor de quadrinhos há apenas dois anos, sempre acompanhei meus heróis mais pelos desenhos e filmes. Mas esse volume de Velho Logan chega em outro nível: arte, enredo e ritmo estão em um equilíbrio brutal e maravilhoso, do jeito que eu não poderia esperar menos do meu herói favorito.
Bem-vindos a VELHO LOGAN: aqui, a realidade seguiu um rumo totalmente diferente, e nosso carcaju não luta há mais de 50 anos.
O que mais me pegou nesse volume é a ambientação. O mundo do Velho Logan não é só brutal, ele é triste, quebrado e completamente dominado por vilões. Você olha e sente que os heróis não existem mais — os poucos sobreviventes vivem escondidos ou já se foram há muito tempo.
A história começa quase como uma animação, com Logan perdido na floresta, e rapidamente corta para o presente, mostrando-o vivendo como fazendeiro, enquanto relembra acontecimentos sombrios do passado.
Mesmo nessa realidade, a vida do Logan não é simples. Sua paz tem um preço, e circunstâncias da vida de fazendeiro o levam novamente ao conflito, com consequências sérias para sua família.
É nesse momento que um velho amigo, o Gavião Arqueiro, solicita sua ajuda para um serviço de entrega com destino à Nova Babilônia, no outro lado do país. O que parecia uma missão simples se transforma em uma jornada cheia de perigos, que nos mostra como os EUA se tornaram após a morte dos heróis.
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Os pontos altos da história são seus vilões em versões mais cruéis e um país dividido em territórios, como o outrora Abominável, o distrito do Rei do Crime, o território do Dr. Destino em Ohio e a Nova Babilônia, onde reside o presidente Caveira Vermelha.
Além disso, surgem personagens marcantes, como a filha rebelde do Gavião Arqueiro e uma gangue do Motoqueiro Fantasma. Os EUA estão cheios de surpresas nessa terra apocalíptica, e cada encontro mostra o quão brutal e perigoso esse mundo se tornou.
E a arte de Mark Millar e Steve McNiven é simplesmente incrível. Ela consegue instigar o leitor, fazendo você se perguntar: “o que diabos está acontecendo nessa história?”, enquanto transmite todo o peso de um Logan velho, assombrado e quase quebrado.
Não precisamos ver o início nem o fim dessa terra apocalíptica: a HQ nos joga direto no caos da narrativa, contextualizando passado e presente em poucas páginas, de forma brutal e eficiente.
Essa não foi minha primeira leitura de Logan — já devo ter lido essa história duas ou três vezes. Mas ver agora um Wolverine com filhos, e comparar com essa versão que perdeu tudo de maneira tão brutal, mostra como um herói precisa ser maduro e humano ao mesmo tempo.
Velho Logan entrega exatamente isso: um personagem que amadureceu, que sente cada perda e cada luta, e que ainda consegue nos impactar profundamente.
O final em aberto, com uma criança peculiar, só fez eu querer ver mais desse personagem e explorar suas diferentes versões.
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Emanoel Silva
Fantasma
Sou apaixonado por jogos com foco em exploração, e entusiasta do horror cósmico e fã declarado de universos como Warhammer — mas é o futuro sombrio e estilizado do cyberpunk que realmente me ganha.
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