Death Stranding 2 e a reflexão sobre o uso da tecnologia

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Em Death Stranding 2, Kojima aprofunda o debate sobre conexões digitais e a influência da IA no cotidiano.

PRA RESUMIR

  • Hideo Kojima traz uma nova abordagem filosófica em Death Stranding 2, questionando o papel da tecnologia em nossas decisões.

  • O jogo contrapõe a ideia de conexões positivas, destacada no primeiro título, com os riscos da hiperconectividade e dos algoritmos.

  • Kojima defende que a verdadeira liberdade está nas coincidências da vida real, fora das rotas definidas pela IA.

Lançado no dia 27 de junho de 2025, Death Stranding 2: On the Beach chegou ao mercado com forte aclamação da crítica. Em comemoração ao lançamento, Hideo Kojima concedeu uma entrevista ao site Denfaminicogamer, onde compartilhou suas reflexões profundas sobre os temas centrais da sequência, além de externar suas preocupações quanto à forma como lidamos com a Internet e com a Inteligência Artificial no mundo atual.

No primeiro Death Stranding, o tema principal era o de "conexões" – tanto de maneira simbólica quanto prática. O jogador assumia o papel de um entregador com a missão de reconectar os Estados Unidos após uma catástrofe. Já em Death Stranding 2, Kojima propõe uma reflexão inversa: e se essas conexões, especialmente aquelas mediadas por tecnologia digital, forem nocivas?

Segundo Kojima, o problema não está apenas em estarmos "demasiadamente conectados", mas na forma como algoritmos e IA influenciam diretamente nossas escolhas e comportamentos. “Não quero dizer que a tecnologia é ruim", ele pondera, “mas, por exemplo, o assistente de IA no meu celular vive me sugerindo coisas. Pessoalmente, eu meio que odeio isso.”

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O diretor aponta que hoje somos constantemente guiados por sistemas que prometem facilitar a vida, como chatbots, assistentes virtuais e sugestões automáticas. No entanto, essa comodidade pode limitar o fator humano das nossas experiências. Para ele, essas ferramentas estão substituindo a aleatoriedade – aquilo que ele chama de “coincidência” – e que está no centro das experiências autênticas da vida.

"Você levanta, vai para o trabalho, e no caminho encontra por acaso um café novo ou conhece alguém inesperadamente. A vida é feita disso", diz Kojima. Mas algoritmos não permitem esse tipo de casualidade – eles empurram o usuário por caminhos otimizados, programados para eficiência, não para surpresa.

Apesar das críticas, Kojima não é contra a tecnologia. Ele reconhece sua importância, especialmente em momentos críticos como a pandemia de Covid-19, onde a conectividade foi essencial. No entanto, ele alerta: a dependência exagerada pode nos aprisionar.

Sua visão sobre o uso saudável da tecnologia é, de certa forma, transmitida nas falas de personagens no final de Death Stranding 2. “Escutem o que eles dizem”, convida Kojima. “Mas, acima de tudo, encontrem sua própria resposta. A decisão sobre como viver com a tecnologia é de cada um.”

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Marcos Paulo I. Oliveira
MPIlhaOliveira
Web Designer, apaixonado por tecnologia e gamer orgulhoso de acompanhar todas as gerações e seus grandes títulos.
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