Jogos em nuvem, mídia física e o futuro: O que importa é jogar

Entre o clássico e o futuro: como a evolução dos jogos transforma a experiência dos gamers.
Os jogos digitais e o streaming estão moldando rapidamente o futuro da indústria dos videogames, com grandes empresas como Microsoft, Sony e Nvidia investindo pesado em tecnologias que permitem jogar em praticamente qualquer dispositivo conectado à internet. Mesmo assim, os consoles e as mídias físicas ainda mantêm seu lugar de destaque, criando um equilíbrio interessante entre inovação e tradição.
Se, por um lado, serviços como o Xbox Game Pass, PlayStation Plus e GeForce NOW oferecem um catálogo extenso de títulos por uma fração do preço, permitindo acesso imediato sem a necessidade de downloads longos, por outro, muitos jogadores ainda preferem ter a posse física de seus jogos, seja pela nostalgia, pelo valor colecionável ou simplesmente pela segurança de não depender de servidores online que, eventualmente, podem ser desligados.
No entanto, essa evolução não é barata. O preço dos consoles de última geração, como o PlayStation 5 e Xbox Series X, continua elevado, superando facilmente os R$ 5.000,00 no Brasil, sem contar os acessórios como headsets, controles adicionais e SSDs de expansão. Os jogos, por sua vez, também viram seus preços subirem, com muitos lançamentos chegando a R$ 400,00 ou mais, valores que são difíceis de justificar para muitos consumidores.
Para quem cresceu na época dos cartuchos de Mega Drive, SNES e N64 ou dos CDs de PlayStation 1 e 2, os preços sempre foram um desafio. Quem não se lembra das bancas e feiras onde se compravam quatro CDs por R$ 10,00 ou cartuchos a uma fração do preço oficial? Mesmo assim, muitos desses gamers hoje abraçam o digital por conveniência, mesmo que com uma certa saudade dos tempos mais simples.
De fato muita coisa mudou. Hoje temos jogos que são verdadeiras experiências cinematográficas ou desenhos animados em nossas telas. Lógico que tudo isso tem um custo, mas, a evolução nunca vem sem um preço a ser pago por ela. Olhando para trás, vemos que essa "brincadeira" nunca foi barata de manter.
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Hoje, ainda temos uma certa oferta e demanda por jogos físicos, mas os digitais simplesmente tomaram conta do mercado, com a maioria esmagadora das compras. Há diversos fatores que contribuem para isso. Mas não vou entrar nessa discussão, mas sim em mostrar que tudo muda, mas seguindo com a mesma premissa, que é jogar e se divertir.
O lado bom é que mesmo com os novos meios de se jogar, temos também as pessoas que fazem questão de manter viva as experiências do passado, sejam fomentando a criação de conteúdo retrô ou até desenvolvendo jogos para os consoles de outros tempos. Isso mostra que a paixão resiste gerações.
Pela minha própria experiência, minhas últimas mídias físicas foram compradas em 2016. Desde então, apenas consumo jogos digitais. Compro, sim, porém meu carro-chefe hoje é assinatura. Achei um meio equilibrado de poder investir pouco e ter acesso à uma vasta biblioteca, contando inclusive, com lançamentos. Como eu seria contrário a uma prática que é a favor o consumidor? Jamais!
Contudo, ainda sou equilibrado quando jogo nesses meios. Mesmo fazendo algum uso do acesso de jogos à distância, ainda prefiro os bons e velhos consoles conectados em uma TV ou monitor. Apesar de apoiar a evolução, ainda sinto que ter um console me causa uma sensação maior de domínio, principalmente em saber que o jogo está ali instalado e rodando no hardware caseiro.
O futuro é incerto. Com a tecnologia avançando tão rapidamente, não sabemos se os jogos em nuvem irão, de fato, se tornar o padrão, se os consoles vão se tornar peças de museu ou se a inteligência artificial mudará completamente a forma como jogamos. E com a crescente popularidade de metaversos, realidade virtual e inteligência artificial generativa, as experiências de jogo podem mudar mais rápido do que imaginamos.
Ainda assim, o que realmente importa é que possamos jogar onde e quando quisermos, da forma que nos faz mais felizes. Seja explorando mundos imersivos no PC, nos consoles, no smartphone ou diretamente na nuvem, o objetivo é o mesmo: se divertir. Afinal, não importa a plataforma, a paixão pelo jogo sempre será o que nos une como gamers.
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Marcos Paulo I. Oliveira
MPIlhaOliveira
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