Planet of Lana é uma aventura carregada de emoção pintada à mão

Um conto tocante de amizade, esperança e coragem que transforma cada cena em arte e cada nota em sentimento.
Gostaria de começar dizendo que já faz algum tempo desde que joguei Planet of Lana, mas é impossível não trazer de volta as memórias dessa experiência tão especial. Mais do que apenas jogar, foi sentir. Foi se deixar levar por uma obra que, desde os primeiros minutos, mostrou que não seria apenas mais um jogo, mas sim um clássico instantâneo, daqueles que ficam guardados no coração.
Desenvolvido pela Wishfully e publicado pela Thunderful Games, o jogo me conquistou de imediato, com uma história emocionante e um universo que transborda vida e significado.
A força da narrativa
A trama é simples na superfície, mas profunda em impacto: todos os habitantes da aldeia de Lana foram sequestrados por robôs hostis, incluindo sua amada irmã. Movida por amor e determinação, Lana embarca em uma jornada perigosa para resgatá-los. No caminho, ela encontra Mui, uma criatura adorável que se torna sua companheira inseparável.
A relação entre Lana e Mui é de uma ternura única. Juntos, eles enfrentam quebra-cabeças, perigos e inimigos, em um equilíbrio perfeito entre tensão e afeto. É impossível não se emocionar com os laços que surgem nessa amizade, que se fortalece a cada desafio.
Entre lágrimas e sorrisos
Planet of Lana é um daqueles jogos que mexem com quem é mais sensível: faz chorar tanto de tristeza quanto de felicidade. Cada momento da jornada traz viradas que surpreendem, encantam e apertam o coração.
Os quebra-cabeças podem soar repetitivos em alguns momentos, mas cumprem o papel de instigar o jogador, pedindo atenção, paciência e raciocínio. O ritmo do jogo, por vezes mais lento, não atrapalha a experiência – ao contrário, dá espaço para absorver cada detalhe do mundo construído com tanto cuidado.
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Jogabilidade que respeita o jogador
A jogabilidade não traz inovações radicais, mas isso é um acerto. O foco está na experiência: plataformas, furtividade e o uso criativo de Mui para alcançar locais ou solucionar desafios. O jogo não é fácil, mas também não chega a ser punitivo – há momentos em que a repetição se torna necessária, exigindo precisão de timing, e é justamente isso que o torna desafiador na medida certa.
Beleza que emociona os olhos
Os gráficos pintados à mão lembram diretamente as obras do Estúdio Ghibli, com cores suaves e paletas que variam entre tons pastéis e vibrantes. Cada cenário é único, desenhado para transmitir emoção e fazer parte da narrativa. A arte, as animações e os detalhes criam uma atmosfera mágica, que convida o jogador a mergulhar profundamente no mundo de Lana.
Som que fala direto ao coração
Mesmo sem falas, Planet of Lana consegue transmitir emoções com perfeição. O design de som cria um idioma universal que toca de forma visceral. E quando falamos em trilha sonora, não há como não se arrepiar: composta por Takeshi Furukawa (The Last Guardian), a música acompanha cada passo, cada momento de tensão e de esperança. O ponto alto chega nos créditos finais, com a canção interpretada por Siobhan Wilson – um encerramento tão belo que me deixou com lágrimas nos olhos.
Um jogo para guardar na alma
No fim, Planet of Lana é muito mais do que um jogo. É uma experiência cativante, emocionante e inesquecível. Pode não reinventar a roda em termos de mecânicas, mas entrega algo ainda mais raro: um impacto emocional profundo que mistura arte, som, narrativa e jogabilidade em perfeita harmonia.
É o tipo de obra que não se joga apenas com os controles, mas com o coração.
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Marcos Paulo I. Oliveira
MPIlhaOliveira
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