Echoes of The End seria uma experiência mágica se não fosse tecnicamente ruim

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Uma aventura promissora com personagens cativantes, mas marcada por problemas de desempenho e jogabilidade.

echoes of the end seria uma experiencia magica se nao fosse tecnicamente ruim 1

A indústria dos videogames tem recebido grandes lições dos estúdios menores. A cena indie tem crescido e mostrado sua força, lançando títulos que se tornam clássicos instantaneamente. Meu preferido do ano continua sendo Clair Obscur: Expedition 33, então não preciso ir muito além, basta conferir minha análise desse jogo espetacular!

Infelizmente, não posso dizer o mesmo sobre Echoes of The End, da Myrkur Games. Mesmo após alguns patches, o jogo apresentou desempenho desastroso, tornando impossível concluir a experiência sem frustração.

O que há de melhor em Echoes of The End

A proposta é promissora. Aqui acompanhamos Ryn, uma jovem marcada por poderes mágicos que tenta controlar a todo custo. Quando seu irmão é capturado pela nação rival de Reigendal, ela parte em busca de resgatá-lo. Pelo caminho, encontra Abram, um engenhoso e enigmático companheiro, e juntos exploram o mundo de Aema, repleto de criaturas fantásticas, magia e guerras. A narrativa é envolvente, com arcos bem construídos e personagens carismáticos. Ryn e Abram carregam diálogos cheios de química e evolução pessoal que realmente prendem a atenção. O universo, rico em tradição mágica e lendas, lembra até mesmo criações literárias fantásticas.

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Visualmente, o jogo impressiona com cenários deslumbrantes que variam entre montanhas, vulcões, florestas geladas e cidades vibrantes. O design de personagens também é notável, com animações faciais expressivas e estética convincente. A dublagem nórdica em inglês adiciona identidade cultural e autenticidade, enquanto os efeitos sonoros reforçam a imersão. A trilha sonora é basicamente uma música de fundo. Ela não é ruim, mas longe de ser memorável. Mas cumpre seu papel para não deixar o jogo no vazio.

Os quebra-cabeças ambientais também merecem destaque. Eles se fundem à exploração de forma inteligente, exigindo saltos, ativação de interruptores e raciocínio estratégico. Alguns puzzles podem ser cansativos, mas no geral, a experiência de resolver desafios é satisfatória e bem planejada. Eu realmente gostei disso.

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Onde os problemas começam

"Mas se o jogo é bom, por que você não chegou até o fim?"

Talvez essa deva ser sua pergunta ao ler essa análise. Então responderei, com certo peso na consciência, pois não queria criticar negativamente o primeiro trabalho da Myrkur Games, mas faz-se necessário para que talvez, ainda haja esperanças de correções. Apesar da premissa interessante, os problemas começam pela jogabilidade. Combate e movimentação estão abaixo do esperado: correr, escalar e esquivar podem gerar falhas frustrantes, como quedas ou travamentos. Um update melhorou a responsividade, mas ainda não o suficiente para tornar os movimentos realmente fluídos e dinâmicos. Também será preciso aparar arestas de colisão, que por vezes criam momentos de estranheza no jogo.
 

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Em certos momentos, Ryn ficou presa em um degrau de escadas ou trancada no canto de um cenário. Tive problemas iniciais até com objetos relacionados a solução de quebra-cabeças que simplesmetne sumiram do cenário, me obrigando a reiniciar o jogo do ZERO! Sim! O jogo não apresenta estados de salvamento. Ele simplesmente vai sobrescrevendo seu slot de save. Isso quase me fez abandonar o jogo ali, mas como era no começo, resolvi dar mais uma chance, que foi bem sucedida.
 
Visualmente, eu elogiei o jogo. Cenários belíssimos, paisagens idem. Mas quando se fala tecnicamente, o desejo pelo jogo vai pelo ralo. Desde o início, o jogo apresenta problemas de carregamento de texturas. Isso é tão ruim, mas tão ruim que há texturas de demoram praticamente um minuto para aparecem do jeito certo. Se fossem objetos pequenos, talvez passasse batido pelos olhos. O ruim quando isso é uma parede inteira de pedra!
 
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Pra piorar (sim, fica ainda pior), o jogo tem uma instabilidade gigantesca na sua taxa de quadros. A forma como esse jogo roda em certos pontos é INACEITÁVEL. Sério, há momentos em que claramente ele esta fluindo entre 45 ~ 50 quadros por segundo. Em outros, chuto que fica abaixo dos 20 quadros por segundo, tornando a experiência um show de horrores, principalmente em momentos de ação com inimigos na tela ou enfrentando chefes grandiosos.
 
Ah, estava jogando no Xbox Series S. Seria esse o problema? Não! Sejamos inteligentes aqui que culpabilizar um console que, mesmo sendo de entrada e contando com suas limitações, já nos mostrou que com trabalho de otimização, ele consegue rodar os jogos em uma boa qualidade. Não pediria que o jogo tivesse o mesmo desempenho existente no PlayStation 5 e Xbox Series X. Não é esse o ponto. O que eu quero é um trabalho bem feito. Se tivesse condições de travar o framerate do jogo em 30 quadros por segundo constantes, a crítica não seria feita, pois não tenho problemas com isso.
 

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Entendo que o estúdio é pequeno, está começando e dar um salto de disponibilizar seu jogo em diferentes plataformas é sempre um desafio. Mas não posso minimizar as críticas, haja visto que o maravilhoso Expedition 33 também foi feito por três dezenas de pessoas e sua entrega foi bem feita, até no console mais "fraco" da geração. Não há desculpas, infelizmente.
 
Dito isso, interrompi minha jornada por problemas técnicos. Embora tenha gostado da premissa, dos personagens e mesmo com problemas de gameplay, iria adiante se o jogo não tivesse instabilidades grotescas e problemas de carregamento de texturas em grandes áreas que quebram a experiência. Otimização é necessária. Por enquanto, ficará na biblioteca e vamos ver em algum momento a Myrkur Games consiga solucionar esses problemas. Potencial tem, mas essa primeira impressão me faz lembrar as más experiências com MindsEye e Helldivers 2.
 
Uma pena.
 
 

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Marcos Paulo I. Oliveira
MPIlhaOliveira
Web Designer, apaixonado por tecnologia e gamer orgulhoso de acompanhar todas as gerações e seus grandes títulos.
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