Tales of Kenzera: Zau e a jornada para encontrar a alegria em meio a dor

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Uma história sincera sobre perda, descobertas e os laços eternos entre o amor e a esperança.

Tales of Kenzera: Zau é mais do que apenas um jogo — é uma exploração sincera e sensível do luto, do amor e da jornada de superação. Inspirado na experiência pessoal do ator Abubakar Salim com a perda de seu pai, o jogo entrega uma narrativa emocionante e única, que vai muito além do combate e da exploração.

No centro da trama, está Zau, um jovem xamã que, em sua dor, faz um pacto com o Deus da Morte para tentar trazer seu pai, Baba, de volta. Essa jornada emocional se desenrola em Kenzera, uma terra outrora vibrante, agora tomada por espíritos ancestrais perdidos. Ao longo do caminho, Zau enfrenta três entidades poderosas, que são ameaçadoras, mas também estranhamente familiares, desafiando o jogador a refletir sobre quem são os verdadeiros inimigos em sua jornada.

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A dança do xamã, como é chamada a mecânica central do jogo, envolve combates rítmicos e a troca constante entre duas máscaras cósmicas:

  • A máscara da Lua, que permite congelar inimigos, controlar o tempo e criar estratégias mais defensivas;

  • A máscara do Sol, focada em ataques corpo a corpo poderosos, como arremessos de lanças flamejantes.

Essa dinâmica cria um sistema de combate fluido, que evolui à medida que Zau desbloqueia novas habilidades, como deslizar, correr e pulsar para manipular o ambiente. Contudo, o jogo tropeça nos momentos finais, quando a combinação de câmeras imprecisas, armadilhas repetitivas e inimigos protegidos pode tornar a experiência frustrante.

Quanto ao desempenho, jogando no Xbox Series S, o jogo se mostra competente. Há dois modos gráficos, o qualidade e desempenho. Eu optei pelo desempenho que, surpreendentemente em alguns pontos isolados, há quedas de taxas de quadros. Contudo, o visual geral até nos faz passar batido por esses pequenos problemas.

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No entanto, o verdadeiro destaque de Tales of Kenzera: Zau é a narrativa poderosa. O jogo não é sobre reviravoltas chocantes ou complexidade de enredo, mas sobre acompanhar Zau e Kalunga, o Deus da Morte, discutindo temas como vida, morte, luto e propósito. A relação entre eles é o coração da experiência, oferecendo momentos de reflexão profunda, alegria inesperada e esperança, mesmo em meio à tristeza.

A estética do jogo é outro ponto alto: animações desenhadas à mão, paisagens coloridas em 2.5D, trilha sonora original e hipnotizante de Nainita Desai, e cenários inspirados na mitologia bantu, criam uma atmosfera imersiva e poética. Explorar lugares como o Planalto, a Floresta e as Terras Mortas é uma experiência visualmente recompensadora, mesmo que a estrutura de mundo não seja tão intrincada quanto outros jogos do gênero Metroidvania. Na verdade, o mapa mais linear e os poucos pontos de viagem rápida podem até ser limitantes, mas ajudam a manter o foco na história e na jornada pessoal de Zau.

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O jogo também oferece lições valiosas sobre luto: embora haja momentos de tristeza e raiva, é a alegria de Zau ao lembrar de seu pai que mais ressoa. Tales of Kenzera: Zau mostra que a dor não precisa ser o fim, e que a memória de quem amamos pode se transformar em força para seguir em frente.

No geral, mesmo com pequenos tropeços no design de combate e plataformas e pequenas inconsistências de desempenho, Tales of Kenzera: Zau entrega uma experiência profundamente humana. A história de Zau permanece viva muito depois dos créditos finais, ecoando as lições de amor, perda e superação que o jogo tão habilmente ensina. É, sem dúvida, uma das narrativas mais tocantes sobre luto já vistas nos videogames.

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Tales of Kenzera: Zau, esta disponível para Nintendo Switch, PlayStation 5, PC Steam, Xbox Series X/S e recentemente entrou no catálogo do Xbox Game Pass.

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Marcos Paulo I. Oliveira
MPIlhaOliveira
Web Designer, apaixonado por tecnologia e gamer orgulhoso de acompanhar todas as gerações e seus grandes títulos.
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